Os ovos de galinha (de Gallus gallus domesticus) fornecem colina, ácido fólico, vitamina D, iodo, vitaminas do complexo B e proteínas de alta qualidade e não são mais vistos pelos órgãos nacionais como um fator de risco para hipercolesterolemia e doenças cardiovasculares (DCV). No entanto, permanecem dúvidas sobre os benefícios e riscos de comer ovos regularmente. Esta revisão avalia evidências recentes de alta qualidade de ensaios clínicos randomizados (ECR) e meta-análises de estudos observacionais e considera novas áreas de interesse, como controle de peso, metabolismo de proteínas, risco de alergia e sustentabilidade. Em vários ECR, os ovos aumentaram a síntese de proteína muscular e diminuíram a massa gorda, o que poderia apoiar a composição corporal ideal. Os ovos dentro de uma refeição melhoraram a saciedade, o que pode se traduzir em menor ingestão de energia, embora mais ECR sejam necessários. Em estudos observacionais, o maior consumo de ovos foi associado a um efeito nulo ou a uma modesta redução do risco de DCV. Para a incidência de diabetes tipo 2 (DM2) e risco de DCV em pessoas com DM2, houve inconsistências entre os dados observacionais e ECR, com o primeiro observando associações positivas e o segundo não vendo efeito de maior ingestão de ovos nos marcadores de DM2 e DCV. As métricas de sustentabilidade sugerem que os ovos têm o menor impacto planetário entre as proteínas animais. Para reduzir o risco de alergia, justifica-se a introdução precoce de ovos nas dietas de desmame. Em conclusão, o equilíbrio das evidências aponta para os ovos como um alimento nutritivo, sugerindo que há amplos benefícios para a saúde ao incluir ovos na dieta em quantidades superiores às atualmente consumidas pelas populações europeias.
Fonte: https://bit.ly/3PzHNK8