Jejum intermitente prepara o microambiente do tumor e melhora a administração de nanomedicina no carcinoma hepatocelular


O jejum tem muitos benefícios para a saúde, incluindo redução da toxicidade da quimioterapia e maior eficácia. Não está claro como o jejum afeta o microambiente tumoral (tumor microenvironment TME) e a administração de drogas direcionadas ao tumor. Aqui, os efeitos do jejum intermitente (JI) e de curto prazo (short-term fasting STF) são investigados no crescimento do tumor, composição do TME e entrega de lipossomas em modelos de camundongos com carcinoma hepatocelular (HCC) alogênico. Para tanto, camundongos são inoculados por via subcutânea ou intra-hepática com células Hep-55.1C e submetidos a JI por 24 d ou a STF por 1 d. JI, mas não STF, retarda significativamente o crescimento do tumor. O JI aumenta a vascularização do tumor e diminui a densidade do colágeno, resultando em melhor entrega de lipossomas. In vitro, o jejum promove ainda a captação de lipossomas pelas células tumorais. Estes resultados demonstram que o JI molda o TME no HCC para uma melhor administração do fármaco. Finalmente, quando se combina o tratamento de JI com doxorrubicina lipossomal, a eficácia antitumoral da nanoquimioterapia é aumentada, enquanto os efeitos colaterais sistêmicos são reduzidos. Juntos, esses achados exemplificam que os efeitos benéficos do jejum nos resultados da terapia anticancerígena vão além da modulação do metabolismo no nível molecular.

Fonte: https://bit.ly/3JFdtKn

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