Guia de bolso carnívoro


Dietas ricas em proteínas são frequentemente promovidas para perda de peso, hipertrofia muscular e prevenção de sarcopenia.

Quais são as preocupações e o que a pesquisa mostra?

Preocupação nº 1. A proteína faz mal aos rins? Não.

O pensamento básico é que, como os rins "processam" a proteína, se você comer mais, eles trabalham mais, de modo que dietas ricas em proteínas são difíceis para os rins, mas não é isso que a evidência mostra.

Zhu et al., 2018 não mostraram benefício em diabéticos com doença renal (pacientes não saudáveis) quando submetidos a uma dieta pobre em proteínas.


Longland et al., 2016 também mostraram que uma dieta mais rica em proteínas realmente melhorou as medidas da função renal.

Preocupação nº 2. A proteína faz mal aos ossos? Não.


Shams-White et al., 2017 revisaram vários estudos e descobriram que a alta ingestão de proteínas não teve efeitos negativos sobre a saúde óssea e, na verdade, houve uma tendência à melhoria da saúde óssea.

Preocupação nº 3. O aumento da proteína faz mal ao fígado e ao colesterol? Não.

Antonio et al., 2016 mostraram que a dieta rica em proteínas por um ano não teve impacto negativo nas funções hepáticas ou no colesterol.

Preocupação nº 4. Como só precisa de uma determinada quantidade de proteína, o restante é transformado em açúcar? Não.

Vários estudos não mostraram aumento da glicose no sangue após a ingestão de proteínas. Sim, o corpo pode produzir glicose a partir de proteínas, mas mesmo quando o organismo após 12 horas de jejum é alimentado com 23g de proteína, apenas são produzidos cerca de 4g de açúcar (Fromentin et al., 2013). Uma colher de chá de açúcar são 5g.


Em resumo, a proteína pode ajudar no emagrecimento, ganho muscular e prevenção de perda muscular. Em um mundo de obesidade e sarcopenia, uma maior ingestão de proteínas pode ser bastante benéfica e parece bastante segura.

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