A matéria de 1929 revela como a indústria do açúcar usou uma retórica pseudocientífica para promover seu consumo precoce e contínuo. Atribuindo ao açúcar funções como saciedade, conservação e papel vital na dieta, a propaganda se apoiava em supostas autoridades científicas para legitimar hábitos alimentares prejudiciais, ignorando os impactos hoje bem documentados, como obesidade e resistência à insulina. Ao defender sobremesas como parte essencial das refeições, implantava desde cedo um padrão de consumo diário. Essa peça é exemplo de como interesses comerciais distorceram o conceito de alimentação equilibrada e moldaram diretrizes nutricionais e preferências alimentares, com sérias consequências para a saúde pública.
Um dos grandes cientistas da alimentação do país nos disse há pouco tempo:
"O açúcar não apenas desempenha um papel importante na dieta de quase todos — ele tem cinco usos distintos."
- Conservação de alimentos – O açúcar é um excelente conservante, especialmente para frutas.
- Realçador de sabor – Como substância aromatizante, ele torna quase todos os alimentos muito mais apetitosos, ajudando a manter uma alimentação mais equilibrada.
- Fator de saciedade – Finalizar uma refeição com algo doce proporciona uma sensação de satisfação, de que a refeição foi suficiente.
- Fonte de energia essencial – O açúcar é rapidamente digerido e, assim como o amido, é um alimento vital para todas as pessoas saudáveis.
- Combustível de emergência – O açúcar é rapidamente absorvido pelo organismo, sendo útil em momentos que exigem energia imediata.
"É sempre útil obter a opinião de uma autoridade reconhecida sobre qualquer assunto importante. Em uma época repleta de modismos alimentares, é sábio compreender exatamente o quão essencial o açúcar é para nossa dieta. O caminho sensato para o bem-estar é consumir todos os tipos de frutas e vegetais frescos e enlatados, adoçados a gosto. Não se esqueça do valor das sobremesas, como pudins, sorvetes e bolos. Um toque doce torna a refeição completa."