Obesidade como fator de risco causal para depressão

A obesidade tem sido associada a um risco elevado de depressão. Se essa associação for causal, o aumento da prevalência de obesidade pode levar à piora da saúde mental da população, mas a força do efeito causal não foi avaliada sistematicamente.

Métodos: O estudo atual fornece uma revisão sistemática e meta-análise de estudos que examinam associações entre índice de massa corporal e depressão usando randomização mendeliana com múltiplas variantes genéticas como instrumentos para índice de massa corporal. Usaram essa estimativa para calcular as mudanças esperadas na prevalência de sofrimento psicológico da população entre os anos 1990 e 2010, que foram comparadas com as tendências observadas empiricamente em sofrimento psicológico no Health Survey for England (HSE) e no U.S. National Health Interview Surveys (NHIS).

Resultados: A metanálise de 8 estudos de randomização mendeliana indicou um risco de depressão OR = 1,33 maior associado à obesidade (intervalo de confiança de 95% 1,19, 1,48). Entre 15% e 20% dos participantes do HSE e NHIS relataram sofrimento psicológico pelo menos moderado. O aumento da prevalência de obesidade entre os anos 1990 e 2010 no HSE e no NHIS teria levado a um aumento de 0,6 ponto percentual no sofrimento psicológico da população.

Conclusões: Estudos de randomização mendeliana sugerem que a obesidade é um fator de risco causal para risco elevado de depressão. O aumento das taxas de obesidade pode ter aumentado modestamente a prevalência de sintomas depressivos na população em geral. A randomização mendeliana depende de pressupostos metodológicos que nem sempre são válidos, portanto, outros métodos quase experimentais são necessários para confirmar as conclusões atuais.

Fonte: https://bit.ly/3MSK6WM

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