Consumo de ultraprocessados está associado à deficiência de vitamina d em adultos e idosos brasileiros


Embora estudos mostrem que a ingestão de produtos ultraprocessados (PUP) tem impacto negativo na saúde, na qualidade da dieta e na vitamina D dietética, sua influência nas concentrações séricas dessa vitamina permanece desconhecida, portanto é essencial verificar a associação entre o PUP consumo e deficiência de vitamina D. Trata-se de um estudo transversal, domiciliar, de base populacional, realizado com 229 indivíduos com 20 anos ou mais de idade, residentes no município de Teresina, Piauí, Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos, estilo de vida, consumo alimentar e antropométricos. O consumo alimentar foi obtido por meio de um recordatório alimentar de 24 horas, e os alimentos foram agrupados de acordo com a classificação NOVA. As concentrações plasmáticas de calcidiol - 25 (OH) D3 foram determinadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC). Regressão logística binária bruta e ajustada foi aplicada para estimar a associação entre consumo de UPP e deficiência de vitamina D. A maioria dos indivíduos de 20 a 39 anos apresentava deficiência de vitamina D (52,1%). Os produtos ultraprocessados contribuíram com 19,9% da ingestão calórica da dieta do participante. Essa contribuição foi maior para os indivíduos com deficiência de vitamina D (22,5%, p=0,04). Além disso, uma alta ingestão de PUP foi associada com o dobro do risco de deficiência de vitamina D em comparação com o baixo consumo de PUP (OR: 2,05; IC: 1,06-4,50; p: 0,04). Os resultados sugerem que o consumo de PUP pode ter um impacto negativo nas concentrações séricas de vitamina D, mais estudos são necessários.

Fonte: https://bit.ly/3s18H3Z

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