Interview: Conheça o triatleta carnívoro Alessandro Medeiros.


ALESSANDRO MEDEIROS É UM DOS DESTAQUES DO UB515 QUE ACONTECE NESTE FINAL DE SEMANA EM PARATY, RJ. AQUI ELE CONTA OS DETALHES DA SUA DIETA NO DIA A DIA E NOS TREINAMENTOS

DEPOIS DE PARTICIPAR DA EDIÇÃO EM 2019, O TRIATLETA VOLTA PARA O DESAFIO EM 2021 COM UMA CARTA NA MANGA: A DIETA CARNÍVORA.

O UB515 BRASIL ULTRA TRIATHLON É UMA AVENTURA PARA POUCAS PESSOAS. SÃO UM TOTAL DE 515 KM DIVIDIDOS EM TRÊS DIAS DE EXTREMA PROVAÇÃO. NO EVENTO DESTE ANO FORAM ESCOLHIDOS 20 TRIATLETAS PARA REALIZAR O DESAFIO. ENTRE ELES, ALESSANDRO MEDEIROS.

BRASILEIRO RADICADO NOS EUA, MEDEIROS NÃO SE DESTACA APENAS PELOS FEITOS PESSOAIS. ALÉM DAS PARTICIPAÇÕES NO MUNDIAL DE ULTRAMAN 2019, NA ILHA DE KONA, NO HAVAÍ, E DA PROEZA EM CORRER 160KM AOS 50 ANOS, O TRIATLETA TAMBÉM É UM DOS PRINCIPAIS EMBAIXADORES DA DIETA CARNÍVORA.

NESTE TIPO DE DIETA NÃO SE CONSOME NENHUM TIPO DE ALIMENTO DE ORIGEM VEGETAL. APENAS CARNES, VÍSCERAS E OVOS ESTÃO INCLUÍDOS NA ALIMENTAÇÃO. O INTUITO É MOSTRAR QUE O CORPO HUMANO É CAPAZ DE SOBREVIVER E, ATÉ SE APRIMORAR, COM UMA BOA ALIMENTAÇÃO À BASE DE CARNE. “CHEGA DE SUPLEMENTOS OU PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. A CARNE TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA. VOCÊ É O QUE VOCÊ COME”, SEGUNDO OS DEVOTOS DA DIETA.

EM ENTREVISTA A TRI SPORT MAGAZINE, MEDEIROS EXPLICOU NÃO SÓ COMO FUNCIONA A BASE DA DIETA CARNÍVORA, COMO TAMBÉM FALOU SOBRE SUA PREPARAÇÃO PARA O UB515 E UM POUCO DE SUAS EXPERIÊNCIAS AO LONGO DA CARREIRA:

Por que a Dieta Carnívora? O que você encontrou nela que não achou nas demais que tentou ao longo da vida como atleta?

Na minha preparação para o mundial de Ultraman, a minha nutricionista me orientou a dieta para chegarmos com o percentual de gordura baixo. Fizemos e simplesmente adorei a dieta. Baixa inflamação muscular, recuperação pós treino e competições são os principais benefícios da alimentação.

Como é feita a dieta durante os treinos e, principalmente, durante as competições? Há a utilização de algum carboidrato? Como é feita a reposição dos sais minerais?

Faço caldos de ossos, peixe, almôndegas de carnes e tiras de frango. Esses são os snacks que levo nos treinos e provas. Os carboidratos ingeridos são os encontrados nas carnes. Para repor os sais minerais, eu e a minha nutricionista Letícia Moreira, desenvolvemos uma formulação com potássio, magnésio e sódio específica para provas e treinos de endurance.

Um dos módulos do seu curso, “A Dieta Carnívora", é sobre remissão de doenças. Então não é preciso ser um atleta de alto rendimento para ter resultados com a dieta?

Sim. Existem infinitos casos de relatos de pessoas que tiveram remissão de doenças através da alimentação animal como base.

Há algum exercício específico para quem vá praticar a Dieta Carnívora? Ou a mudança é realmente mais voltada para a parte nutritiva?

Não, mas pessoas com comorbidades, como doenças renais, têm que ter orientação médica e nutricional. Quanto à parte nutritiva, você é o reflexo do que você se alimenta.

Em post recente no seu Instagram, você não só coloca o açúcar como um problema, mas vegetais também. O que tem no vegetal que pode ser um problema para o atleta?

Antinutrientes como oxalato, podem causar disbioses intestinais (uma doença que pode causar problemas desde intestino preso até náuseas, gases, vômitos, azia e diarreia).

Na sua experiência, como ultramaratonista voltado à “mentalidade carnívora", acha que os demais atletas do meio têm retaliado ou aceitado a Dieta Carnívora?

Acredito que as pessoas precisam encontrar o que as fazem bem. Não sou contra nenhuma dieta. As pessoas precisam parar de se alimentar de produtos industrializados. Comer comida de verdade.

Em 2019, você teve a oportunidade de disputar um Campeonato Mundial de Ultraman no Havaí. Como foi a experiência? Tem algum momento que o marcou em específico?

Sim! Estivemos lá na dieta cetogênica com aproximadamente 30 gramas de carboidratos por dia de prova. Um momento especial que me marcou foi a minha recuperação, depois da prova, em que já estava remando no dia seguinte.

As 100 milhas, ou 160 km, foram um desafio e tanto. Como foi a preparação, junto a sua comissão multidisciplinar, para conseguir performar no mais alto nível? E a alimentação durante o percurso como foi feita?

Sou acompanhado pela minha nutricionista e vários médicos para tentar entender como funciona essa abordagem no esporte. No percurso, vou ingerindo carnes, caldos e o repositor de sais minerais.

Como é viver nos EUA, e ser um grande embaixador da dieta carnívora, ao mesmo tempo em que acontece um boom de veganismo entre atletas do país?

Adoro viver nos EUA. A segurança e a qualidade de vida lá são excelentes. Na questão do veganismo no esporte, eu respeito a escolha de cada um. Só não acredito que seja saudável para o ser humano.

Há alguma preparação especial para o UB deste ano? Algo na Dieta Carnívora que não estava tão bom ano passado e que vocês conseguiram aprimorar para a competição de agora?

Não, nada de diferente quanto a preparação. Na Dieta Carnívora, só mudamos o caldo de ossos, que foi substituído pelo caldo de peixes (frutos do mar). Só pelo fato de poder ser ingerido gelado.

Fonte: https://bit.ly/3j530KQ

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