Mudanças no metabolismo e humor: os “efeitos reais” de tirar a carne do cardápio


A reportagem “Mudanças no metabolismo e humor: os efeitos reais de tirar a carne do cardápio”, publicada pelo Correio 24 Horas, apresenta-se como um guia sobre o que “realmente” acontece com o corpo ao retirar a carne da dieta. O texto promete mais disposição, leveza, benefícios cardiovasculares, intestino mais feliz e, de quebra, um metabolismo aparentemente mais virtuoso — tudo isso com uma simplicidade que faria qualquer manual de bioquímica corar.

Há, porém, um detalhe central que não pode ser ignorado: a matéria não cita um único estudo científico, revisão sistemática, diretriz ou dado quantitativo verificável. Nenhum ensaio clínico, nenhuma meta-análise, nenhum documento de órgãos oficiais. É um texto desprovido de referências, construído sobre frases vagas e impressões genéricas. Em termos de rigor, aproxima-se muito mais de um panfleto ideológico do que de uma análise baseada em evidências.

Enquanto isso, existe uma vasta literatura revisada por pares sobre dietas vegetarianas, veganas, onívoras, ricas em proteína animal ou vegetal, seus benefícios e riscos — incluindo dezenas de estudos sistemáticos e meta-análises recentes.(PubMed)

Além disso, há um corpo robusto de evidências sobre deficiências nutricionais associadas a dietas mal planejadas sem carne (vitamina B12, ferro, zinco, cálcio, iodo, DHA/EPA etc.), algo completamente ignorado na reportagem.(PubMed)

Este artigo, portanto, pretende fazer o que a matéria não faz:

  • confrontar as principais afirmações com estudos revisados por pares;
  • expor a fragilidade dos argumentos apresentados;
  • responder, ao final, com base nas melhores evidências disponíveis, à pergunta do título:
  • “O que realmente acontece ao retirar a carne do cardápio?”

2. Metabolismo, energia e humor

Trecho da matéria

“Logo nos primeiros dias sem carne, o corpo começa a se ajustar a uma nova forma de obter energia. Essa transição pode trazer mais disposição, leveza e até benefícios para o sistema cardiovascular, se feita com planejamento.”

Análise

  • “Nova forma de obter energia” – O organismo humano obtém energia primordialmente de glicose, ácidos graxos e, em menor grau, corpos cetônicos. Isso não muda por retirar carne; muda conforme a proporção de carboidratos, gorduras e proteínas da dieta como um todo. Não há evidência de que apenas excluir carne, mantendo o restante igual, leve a uma “nova forma de obtenção de energia”. A “nova forma” depende de macronutrientes, não da presença ou ausência de carne.
  • “Mais disposição e leveza” – Revisões sobre dietas vegetarianas/veganas mostram, de fato, benefícios em alguns marcadores cardiometabólicos em populações específicas; porém, também destacam risco elevado de deficiências nutricionais (especialmente vitamina B12, ferro e zinco), que podem causar fadiga, piora cognitiva e redução de desempenho físico se não forem adequadamente corrigidas.(PubMed)
  • Vitamina B12, humor e energia – Meta-análises e revisões sistemáticas mostram que indivíduos vegetarianos e, sobretudo veganos, apresentam frequentemente níveis mais baixos de vitamina B12, com taxas de deficiência que podem ultrapassar 50% entre veganos sem suplementação e atingir parcela relevante dos vegetarianos.(PubMed). A deficiência de B12 está associada a:
    • fadiga,
    • anemia megaloblástica,
    • alterações cognitivas e de humor,
    • neuropatia.
    • Ou seja, o cenário oposto ao prometido de “mais disposição” em boa parte dos indivíduos que excluem carne sem suplementação rigorosa.
  • Humor e saúde mental – Trabalhos que analisam B12 e ferro relacionam sua deficiência a piora de sintomas depressivos, fadiga e queda de desempenho. Portanto, retirar a carne sem substituir adequadamente esses nutrientes pode ter efeito neutro ou negativo sobre o humor e a disposição, em vez de positivo.

Em suma, a frase da matéria descreve um quadro subjetivo e positivo que não é respaldado como regra pela literatura e ignora completamente os riscos de deficiências nutricionais, bem documentados em populações que excluem alimentos de origem animal sem planejamento rigoroso.(PubMed)

3. Peso, gorduras saturadas e colesterol

Trecho da matéria

“A redução de gorduras saturadas e proteínas animais ajuda a regular o colesterol e, em muitos casos, favorece a perda de peso de forma natural e saudável.”

Análise

  • Gordura saturada: a história não é tão simples. Meta-análise clássica de Siri-Tarino et al., envolvendo mais de 347 mil indivíduos, não encontrou associação significativa entre consumo de gordura saturada e risco de doença coronariana, AVC ou doença cardiovascular total quando ajustado para outros fatores dietéticos.(PubMed). 

    Estudos mais recentes reforçam que o impacto da gordura saturada depende do padrão alimentar completo (por exemplo, se vem em conjunto com açúcares refinados, ultraprocessados etc.), e não da presença isolada de carne fresca.
  • Carne, peso corporal e saciedade. Revisões sobre dietas ricas em proteína mostram que um maior consumo proteico (1,2 g/kg ou mais) está associado a:
    • maior saciedade,
    • menor ingestão calórica espontânea,
    • melhor preservação de massa magra,
    • maior gasto energético pelo efeito térmico da proteína.(PubMed)
  • Em outras palavras, proteínas animais – densas em aminoácidos essenciais e altamente biodisponíveis – são aliadas importantes no controle de peso. Reduzi-las ou retirá-las sem compensação adequada pode:
    • reduzir saciedade,
    • levar a maior consumo de carboidratos refinados,
    • dificultar manutenção de massa magra.
  • Colesterol: redução de um número não é necessariamente melhora global de risco. Estudos com dietas vegetarianas encontram, em geral, níveis menores de colesterol total e LDL.(PubMed) No entanto:
    • esses grupos frequentemente apresentam homocisteína mais elevada devido à deficiência de B12, o que é um fator de risco cardiovascular independente;(PubMed)
    • a simples redução de colesterol sérico não captura todo o risco metabólico (inflamação, resistência à insulina, triglicerídeos, HDL, partículas LDL, pressão arterial etc.).

Portanto, a afirmação da matéria, ao alinhar “menos gordura saturada”, “menos proteína animal” e “perda de peso saudável”, é parcial, descontextualizada e não compatível com o conjunto da evidência disponível.

4. Coração, pressão arterial e risco cardiovascular

Trecho da matéria

“Abandonar a carne, especialmente as vermelhas e processadas, é uma forma eficaz de reduzir o risco de hipertensão e colesterol alto.”

Análise

  • Redução de carne processada, sim; abandono total da carne, não necessariamente. Meta-análises indicam que reduzir o consumo de carnes processadas (bacon com aditivos, salsichas, embutidos) pode estar associado a um pequeno decréscimo no risco de diabetes tipo 2, eventos cardiovasculares e mortalidade — embora o impacto absoluto seja modesto.(PubMed). 

    Por outro lado, estudo de alta qualidade avaliando apenas carne vermelha não processada encontrou evidência fraca de associação com aumento de risco de diabetes, câncer colorretal ou doença isquêmica do coração, e nenhuma associação com AVC isquêmico ou hemorrágico.(Nature). Assim, o que a literatura sugere com mais clareza é:
    • limitar carnes processadas é prudente;
    • o papel da carne vermelha fresca, consumida em quantidades moderadas e em dietas de boa qualidade, não se encaixa na narrativa simplista de “vilã cardiovascular”.
  • Dietas vegetarianas e risco cardiovascular. Meta-análises indicam que dietas vegetarianas e, em menor grau, veganas, podem reduzir risco de doença isquêmica do coração e mortalidade cardiovascular, mas a qualidade da evidência é em geral moderada e sujeita a vieses (estilo de vida mais saudável, menor tabagismo, mais atividade física etc.).(PubMed). Mesmo nesses trabalhos, revisões recentes sublinham que dietas vegetais mal planejadas aumentam o risco de deficiências de B12, ferro e ômega-3, o que pode neutralizar parte dos benefícios cardiovasculares antecipados.(PubMed)

Em resumo, retirar carne não é, por si só, “uma forma eficaz” de reduzir o risco de hipertensão e colesterol alto; o que importa é a totalidade do padrão alimentar, a presença de ultraprocessados, o consumo de vegetais, o controle de peso, a atividade física e a correção de deficiências.

5. Intestino, fibras e microbioma

Trecho da matéria

“O intestino também sente a mudança. A maior ingestão de fibras melhora o trânsito intestinal, regula o açúcar no sangue e fortalece o microbioma…”

Análise

  • Retirar carne não garante aumento de fibras. Muitos indivíduos, ao retirar carne, aumentam o consumo de pães, massas, snacks, produtos “plant-based” ultraprocessados e farináceos, sem necessariamente elevar o consumo de vegetais in natura, leguminosas ou grãos integrais. Não há qualquer evidência de que “tirar carne” por si só aumente o consumo de fibras; isso depende das escolhas subsequentes.
  • Fibras e microbioma: sim, mas com condicionantes. Revisões de dietas vegetarianas apontam benefícios esperados da maior ingestão de fibras para trânsito intestinal, microbiota e controle glicêmico.(PubMed). Contudo, também ressaltam:
    • possível maior incidência de desconfortos gastrointestinais (distensão, gases, diarreia) em alguns indivíduos;
    • necessidade de ajuste individual e progressivo de fibras.
  • Populações com dieta animal predominante e intestino saudável. Estudos em populações tradicionais mostram que dietas ricas em alimentos de origem animal e muito pobres em carboidratos e fibras (como em esquemas tradicionais inuítes de alta ingestão de peixe, gordura e carne) não impediram boa saúde metabólica em diversos contextos observacionais, desde que não houvesse introdução de produtos industrializados.(PMC). Esses dados não significam que “fibras não são importantes em nenhum cenário”, mas ilustram que o intestino humano é metabolicamente flexível e pode funcionar bem tanto em contextos com alta fibra quanto com baixa fibra, dependendo do padrão global da dieta e do ambiente.

A matéria, ao afirmar que o intestino “agradece” simplesmente pela retirada da carne, faz uma inferência não suportada por evidência, pois ignora a enorme variabilidade individual e o papel determinante da qualidade dos alimentos que entram no lugar da carne.

6. Proteínas, ferro, zinco e outros nutrientes

Trecho da matéria

“Parar de comer carne não significa abrir mão de proteínas ou ferro. Leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico, além de ovos e laticínios, são ótimas fontes para manter a força muscular e óssea. Fontes vegetais também oferecem ferro e zinco…”

Análise

  • Qualidade proteica: animal x vegetal. O conceito moderno mais robusto para avaliar a qualidade de proteínas é o DIAAS (Digestible Indispensable Amino Acid Score). Estudos comparando fontes animais e vegetais mostram:

    • carnes, ovos e laticínios tendem a apresentar DIAAS ≥ 100, sendo classificados como proteínas de excelência;
    • muitas proteínas vegetais apresentam DIAAS inferior, com aminoácidos limitantes (por exemplo, lisina, metionina), necessitando de combinações e grandes volumes alimentares para atingir o mesmo aporte de aminoácidos essenciais.(PubMed)
    • Portanto, é possível manter proteínas sem carne, mas é nutricionalmente mais complexo, requerendo planejamento e maior volume de alimentos, além de potencial aumento calórico.
  • Ferro: heme x não-heme. Revisões sistemáticas demonstram que vegetarianos apresentam, em média, estoques de ferro mais baixos (ferritina sérica reduzida) que onívoros, apesar de muitas vezes consumirem maior quantidade total de ferro na dieta.(PubMed). Isso ocorre porque:

    • o ferro da carne (ferro heme) tem muito maior biodisponibilidade;
    • o ferro vegetal (não-heme) é mais sensível a inibidores (fitatos, polifenóis) e depende de combinações com vitamina C.
  • Zinco, cálcio, iodo, ômega-3. Revisões recentes sobre dietas veganas/vegetarianas identificam maior risco de deficiência de:
    • zinco,
    • cálcio,
    • iodo,
    • vitamina D,
    • ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa (EPA/DHA).(PMC)
  • Vitamina B12: o ponto cego mais grave. Estudos como EPIC-Oxford mostram prevalências marcantes de deficiência de B12 entre veganos (por volta de 50% ou mais sem suplementação) e também taxas relevantes entre vegetarianos.(PubMed). As sociedades de nutrição que consideram dietas veganas “possíveis” enfatizam que isso só é viável com suplementação obrigatória de B12 — fato ignorado na matéria.

Assim, a frase “parar de comer carne não significa abrir mão de proteínas ou ferro” é tecnicamente verdadeira apenas sob condição de:

  • planejamento nutricional cuidadoso,
  • uso de boas combinações proteicas,
  • atenção à biodisponibilidade,
  • monitoramento e, muitas vezes, suplementação.

Sem isso, o resultado frequente documentado em estudos é exatamente o oposto: queda de reservas de ferro, maior risco de anemia, deficiência de B12 e, em alguns casos, prejuízo à massa muscular e óssea.

7. O que mostram, de fato, os estudos sobre dietas vegetais?

A literatura sobre dietas vegetarianas e veganas é extensa e, de modo geral, pode ser sintetizada em dois blocos de achados:

7.1 Benefícios potenciais (quando bem planejadas)

Meta-análises indicam que dietas predominantemente vegetais estão associadas a:

  • menor incidência ou mortalidade por doença isquêmica do coração;
  • leve redução de risco de alguns cânceres;
  • menor mortalidade cardiovascular e total em certos contextos.(PubMed)

Esses benefícios, porém, costumam aparecer em populações que:

  • fumam menos,
  • se exercitam mais,
  • ingerem menos álcool,
  • têm maior renda/nível educacional,
  • – fatores de confusão que tornam a interpretação mais complexa.

7.2 Riscos e deficiências

Paralelamente, revisões recentes mostram de forma consistente:

  • alta prevalência de deficiência de vitamina B12 entre vegetarianos e veganos não suplementados;(PubMed)
  • maior probabilidade de estoques de ferro reduzidos (ferritina baixa);(PubMed)
  • risco aumentado de deficiência de zinco, cálcio, iodo, vitamina D e ômega-3 de cadeia longa;(PMC)
  • potencial aumento de risco de osteopenia/osteoporose e anemia em dietas vegetais mal planejadas, sobretudo sem suplementação adequada.(PMC)

Em síntese: dietas vegetarianas e veganas podem trazer benefícios, mas não são intrinsecamente superiores nem isentas de risco. Seu sucesso depende de planejamento criterioso, monitoramento laboratorial e, com frequência, suplementação.

8. Carne vermelha, carne processada e contexto alimentar

A reportagem agrupa “carne vermelha e processada” em um único bloco, sem distinguir cortes frescos de embutidos, nem avaliar magnitude real de risco.

8.1 Carne vermelha não processada

Estudos recentes que reavaliam o impacto da carne vermelha não processada encontram apenas evidência fraca ou muito pequena de associação com alguns desfechos (diabetes tipo 2, alguns cânceres), e nenhuma associação clara com AVC.(Nature)

8.2 Carne processada

Para carnes processadas (salsicha, bacon com aditivos, embutidos), a associação com risco aumentado de doenças cardiometabólicas e alguns cânceres é mais consistente, ainda que o risco absoluto individual permaneça relativamente pequeno em muita gente.(PubMed)

A implicação é clara:

  • reduzir carnes processadas é uma recomendação razoável;
  • eliminar toda carne (inclusive fresca, de boa qualidade) não é exigência dos dados, mas sim uma escolha ideológica ou ética.

9. A fragilidade estrutural da matéria

Do ponto de vista metodológico, a matéria em análise apresenta fragilidades centrais:

  • Ausência total de referências. Em um tema de alta complexidade (metabolismo, humor, risco cardiovascular, microbiota), não apresentar sequer uma referência científica é um sinal claro de que o texto está baseado em opinião, não em evidência.
  • Generalizações sem estratificação. Não há diferenciação entre:
    • carne fresca x processada;
    • dietas vegetarianas bem planejadas x mal planejadas;
    • indivíduos saudáveis x doentes;
    • nível de atividade física, contexto social etc.
  • Suposição de causalidade a partir de narrativa. A matéria descreve uma sequência: 
    • “retirar carne → mais fibra → intestino melhor → coração melhor → humor melhor” sem demonstrar nenhuma cadeia causal com dados, apenas com frases sugestivas.
  • Ignorar risco de deficiências. A literatura é clara quanto ao risco de deficiência de B12, ferro, zinco, cálcio, iodo e ômega-3 em dietas sem alimentos de origem animal mal planejadas.(PubMed). A reportagem simplesmente ignora isso.

O resultado é um texto normativo e ideológico, que promove a retirada da carne como se fosse uma espécie de “atalho metabólico” para saúde superior, sem apresentar as obrigações nutricionais e os riscos associados.

10. Então, o que realmente acontece ao retirar a carne do cardápio?

Respondendo diretamente, com base nas melhores evidências:

10.1 O que pode acontecer de favorável (sob condições estritas)

Se a pessoa:

  • reduz fortemente ultraprocessados,
  • aumenta vegetais, leguminosas e frutas,
  • garante proteína suficiente com boa qualidade,
  • suplementa vitamina B12 de forma adequada,
  • monitora ferro, zinco, cálcio, iodo, vitamina D e ômega-3,

então a retirada da carne pode vir acompanhada de:

  • leve redução de alguns fatores de risco cardiometabólicos;
  • melhora do perfil dietético geral;
  • aumento da ingestão de fibras;
  • possível redução de risco de doença isquêmica do coração e mortalidade em alguns grupos.(PubMed)

10.2 O que pode acontecer de desfavorável (e que é amplamente documentado)

Se a pessoa:

  • apenas retira carne e não planeja a dieta,
  • não suplementa vitamina B12,
  • não monitora ferro e demais micronutrientes,
  • substitui carne por farinhas, doces, ultraprocessados “plant-based”,

então as evidências mostram risco aumentado de:

  • deficiência de vitamina B12;(PubMed)
  • estoques de ferro reduzidos e anemia;(PubMed)
  • deficiência de zinco, cálcio, iodo e vitamina D;(PMC)
  • menor qualidade proteica total, com impacto sobre massa magra;(PubMed)
  • fadiga, piora de desempenho e possível aumento de risco cardiovascular (via homocisteína elevada em deficiência de B12).(PubMed)

10.3 Síntese

Com base na literatura científica:

  • Retirar a carne do cardápio não é, por si só, uma intervenção benéfica ou maléfica.
  • O que determina o impacto real é o que entra no lugar da carne e como se corrige (ou não) o risco de deficiências.
  • Em dietas bem estruturadas, é possível colher benefícios; em dietas mal planejadas, o risco de problemas nutricionais e metabólicos aumenta.

Dito de forma objetiva:

O que realmente acontece ao retirar a carne do cardápio é altamente variável, e depende muito mais da qualidade do que se coloca no prato depois dessa decisão do que do ato de tirar a carne em si.

A matéria analisada, ao ignorar essa complexidade e apresentar apenas a narrativa positiva, não reflete o estado atual das evidências científicas sobre o tema.

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