Na entrevista concedida a Rafael Camargo, relatei de forma objetiva como tem sido minha jornada desde 2017 com a dieta carnívora. Expliquei o critério simples que me guiou na escolha dos alimentos: carnes e peixes, que podem ser consumidos crus, em contraste com grãos e leguminosas, que exigem preparo complexo.
Comentei também o contraste entre recomendações oficiais de saúde — geralmente contrárias ao consumo elevado de gordura animal — e os resultados observados tanto em exames clínicos quanto na prática diária. Essa divergência me levou a estudar de maneira sistemática, confrontando diretrizes com a literatura científica e acompanhando de perto meus próprios marcadores de saúde.
Abordei ainda pontos frequentemente vistos como consensuais, mas que merecem revisão: a regulação natural do consumo de sal, a interpretação do colesterol além do valor laboratorial isolado e o papel não essencial das fibras em todos os casos.
Utilizei a metáfora do “banco de saúde” para mostrar a mudança de perspectiva ao longo da vida: até os 35 anos, prevaleceram escolhas pouco saudáveis; depois, passei a priorizar hábitos que funcionam como depósitos para envelhecer com mais vitalidade.
Outro aspecto foi a experiência de fertilidade da minha esposa, que engravidou aos 40 anos após anos de dieta carnívora. O episódio reforçou a importância do preparo conjunto do casal, com foco em reduzir inflamação, manter exames adequados e cuidar da composição corporal.
Por fim, destaquei a relevância da autonomia. O estudo contínuo e a busca por evidências me deram clareza para avaliar orientações médicas e dialogar com maior segurança. Essa postura tem sido essencial para consolidar a dieta carnívora não apenas como um padrão alimentar, mas como uma estratégia de saúde e qualidade de vida a longo prazo.