Pesquisadores na China analisaram mais de 31 mil adultos entre 20 e 59 anos para entender se a capacidade de fazer flexões de braço (push-ups) estaria ligada ao risco de desenvolver osteoporose.
Principais resultados
- Pessoas com osteoporose conseguiam fazer, em média, menos flexões (16) do que aquelas sem a doença (19).
- Quem conseguia realizar 28 ou mais flexões em 1 minuto tinha menor risco de osteoporose em comparação aos que faziam até 12.
- A cada flexão extra, o risco de ter a doença caía em cerca de 1,2%.
- Esse resultado apareceu tanto em homens quanto em mulheres.
Por que isso acontece
Ossos e músculos funcionam em conjunto.
- Quando os músculos trabalham, eles exercem pressão sobre os ossos.
- Essa pressão estimula a formação e a manutenção da massa óssea.
- Pessoas com pouca força muscular tendem a ter ossos mais frágeis e maior risco de fraturas.
O que o estudo não prova
- Por ser uma pesquisa de corte único (um retrato em um momento), não dá para afirmar se fazer mais flexões protege contra osteoporose ou se quem já tem ossos mais fracos tem mais dificuldade para fazer flexões.
- O diagnóstico de osteoporose foi autorreferido (as pessoas relataram se tinham ou não), o que pode gerar erros.
O que isso significa na prática
- As flexões podem ser um teste simples e gratuito para dar pistas sobre a saúde dos ossos.
- Se alguém tem muita dificuldade em fazer flexões, pode ser um sinal de alerta para procurar avaliação médica, especialmente se tiver outros fatores de risco (idade avançada, sedentarismo, menopausa, tabagismo, obesidade).
- O estudo reforça a importância de atividades de força, como exercícios de resistência, para manter a saúde óssea.
Conclusão
Ser capaz de fazer um número maior de flexões está ligado a menor chance de ter osteoporose. Apesar disso, o teste não substitui exames como a densitometria óssea, que é o padrão-ouro para diagnóstico. Ainda são necessários estudos de acompanhamento para confirmar se melhorar a força muscular realmente diminui o risco de desenvolver a doença.
