O que é COVID longa?
A COVID longa é quando os sintomas da infecção pelo coronavírus continuam por meses, atrapalhando muito a vida da pessoa. Podem aparecer cansaço extremo, falta de ar, dor no peito, palpitações, tontura, dores de cabeça e problemas de memória. Até hoje não existe um tratamento específico aprovado.
O caso que foi estudado
Uma mulher de 44 anos, antes saudável, ficou com COVID longa. Ela tinha sintomas fortes:
- cansaço incapacitante
- taquicardia e pressão baixa
- dor de cabeça frequente
- falta de ar
- hipersensibilidade à luz e ao som
Dependia até de soro na veia para melhorar temporariamente a pressão baixa.
O que ela fez
Durante 12 semanas, participou de um programa que combinava:
- Dieta cetogênica: muita gordura (70%), proteína moderada e pouquíssimos carboidratos (menos de 20 g por dia). Nada de açúcar, massas ou pães.
- Alimentos escolhidos: carnes, ovos, caldos, manteiga, óleo de fígado de bacalhau, e uso de sais minerais como magnésio e potássio.
- Rotina de vida: acordar e dormir em horários fixos, se expor ao sol pela manhã, reduzir luz artificial à noite.
- Mindfulness: técnicas de respiração e atenção plena para controlar estresse.
- Vitaminas e suplementos: principalmente vitamina B1 em altas doses.
O que melhorou
Após alguns meses, os resultados foram expressivos:
- Pressão arterial e coração: pressão se normalizou, não precisou mais de soro, e a frequência cardíaca caiu de 109 para cerca de 72 batimentos em repouso.
- Cansaço: grande melhora, conseguindo fazer tarefas do dia a dia e até voltar a trabalhar algumas horas por dia.
- Falta de ar: passou de grave para leve.
- Dores de cabeça: de quase todos os dias para apenas 1–2 vezes por mês.
- Exercícios: conseguiu pedalar 20 minutos por dia sem piorar os sintomas.
- Sono e ciclo menstrual: mais regulares.
- Peso: caiu no início, mas depois estabilizou.
- Marcadores de saúde: exames de sangue ficaram normais durante todo o acompanhamento.
Por que pode ter funcionado
A dieta cetogênica e as mudanças de rotina podem ajudar porque:
- Reduzem açúcar e insulina no sangue, que costumam estar alterados em COVID longa.
- Melhoram o uso de energia pelas mitocôndrias (as “baterias” das células).
- Diminuem a inflamação e o estresse do sistema imunológico.
- Ajustam o sistema nervoso autônomo (responsável por controlar pressão e batimentos).
- Melhoram o sono e reduzem o estresse.
Limitações do estudo
É importante lembrar que se trata de apenas um caso. Não dá para afirmar que funciona para todos. O resultado foi positivo, mas precisa ser confirmado em estudos maiores com várias pessoas.
Conclusão
Esse relato mostra que mudanças na alimentação e no estilo de vida, baseadas em dieta cetogênica, podem trazer melhoras reais e medíveis para quem sofre com COVID longa. Ainda não é uma “cura”, mas pode ser um caminho promissor para aliviar os sintomas e recuperar a qualidade de vida.
