O dilema da nutricionista: o que você faria se sua saúde fosse restaurada ao fazer o oposto de tudo o que lhe ensinaram?


A narrativa apresentada no livro acompanha a experiência de uma profissional da nutrição que, após anos aplicando recomendações convencionais baseadas em dietas com baixo teor de gordura e alto consumo de carboidratos, viu sua própria saúde entrar em colapso. Problemas como fadiga persistente, alterações metabólicas e sintomas inflamatórios não encontravam solução mesmo com rigorosa adesão às orientações oficiais. A virada aconteceu quando, em busca desesperada por melhora, ela decidiu experimentar justamente o contrário do que havia aprendido: reduzir drasticamente o consumo de carboidratos, priorizar alimentos de origem animal e aumentar a ingestão de gorduras naturais.

Relatos como esse, embora pessoais, ecoam achados consistentes da literatura científica recente. Estudos clínicos revisados por pares, publicados em periódicos como Diabetes Care e New England Journal of Medicine, demonstram que padrões alimentares com restrição de carboidratos podem melhorar significativamente o controle glicêmico, reduzir a hemoglobina glicada (HbA1c), diminuir triglicerídeos e permitir a redução do uso de medicamentos em indivíduos com diabetes tipo 2. Além disso, análises de longo prazo mostram que, quando mantida a adesão, a estratégia pode ser sustentável e oferecer resultados superiores aos obtidos com dietas tradicionais de baixo teor de gordura.

Pesquisas também apontam benefícios em condições associadas, como doença hepática gordurosa não alcoólica, onde a redução de carboidratos promove rápida queda da gordura no fígado. Diretrizes de sociedades como a American Diabetes Association e a Diabetes UK já reconhecem oficialmente esse padrão alimentar como uma opção válida, desde que adaptado às necessidades individuais e acompanhado clinicamente.

O ponto central desse dilema está na contradição entre a formação acadêmica tradicional e as evidências emergentes. Ao contrário do que se acreditava, alimentos ricos em gordura animal podem compor um padrão alimentar saudável, especialmente quando substituem carboidratos refinados e açúcares adicionados. O choque entre teoria e prática revela que diretrizes nem sempre acompanham a velocidade da ciência e reforça a importância de olhar para resultados clínicos reais.

Esse relato convida à reflexão: quantas pessoas permanecem presas a recomendações que não funcionam para elas? E até que ponto vale questionar aquilo que nos foi ensinado, quando a própria saúde está em jogo?

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