Atualmente, seguir uma dieta carnívora — ou seja, baseada apenas em alimentos de origem animal como carnes, ovos e vísceras — não é nada fácil. Vivemos em uma sociedade onde a maioria das pessoas está acostumada a comer pão, arroz, massas, doces e produtos industrializados todos os dias. Em todo lugar que vamos, seja no supermercado, na casa de amigos ou em um restaurante, as opções mais comuns envolvem muitos alimentos processados e vegetais.
Além disso, existem muitas ideias espalhadas sobre o que seria uma “alimentação saudável”. Durante anos, ouvimos que era importante comer bastante fibra, cereais, vegetais e evitar carne vermelha e gordura animal. Por isso, quem decide seguir uma dieta carnívora muitas vezes precisa lidar com questionamentos de familiares, amigos ou até mesmo profissionais de saúde que acreditam que isso pode fazer mal.
Outro desafio está na praticidade: hoje em dia, tudo parece feito para facilitar a vida com alimentos prontos, rápidos e baratos — quase sempre ultraprocessados. Escolher comer carne de qualidade, ovos e vísceras frescas exige mais planejamento, atenção e, às vezes, até mais dinheiro, já que proteínas de qualidade costumam ser mais caros do que produtos industrializados.
Mas, mesmo com todas essas dificuldades, muitas pessoas que seguem firme relatam que vale a pena.
O que muda para quem consegue seguir
Para quem consegue adotar a dieta carnívora como estilo de vida, os benefícios podem ser grandes. Muitos relatam que passam a ter mais disposição, menos problemas intestinais, maior controle da fome e até melhora de doenças como diabetes e dores crônicas. A alimentação se torna mais simples: bastam carne, ovos, gorduras naturais e água.
Seguir essa dieta também ajuda a desenvolver disciplina. Não se trata apenas de evitar certos alimentos, mas de assumir o controle da própria saúde. É aprender a dizer “não” para tentações do dia a dia — como doces, massas e comidas rápidas — em nome de um objetivo maior: viver melhor e com mais saúde.
Essa escolha lembra a ideia do filósofo Immanuel Kant: ele dizia que liberdade de verdade não é fazer tudo o que se quer, mas sim ter controle sobre as próprias vontades e agir de acordo com o que faz bem. Na prática, isso significa que ser livre é poder decidir o que comer com consciência e responsabilidade.
Além disso, há também uma lição inspiradora no que dizia o escritor Albert Camus: ele usava a história de Sísifo, um personagem condenado a empurrar uma pedra montanha acima repetidamente, para mostrar que o valor está em persistir mesmo quando a tarefa é difícil. Da mesma forma, quem segue a dieta carnívora precisa insistir e encontrar satisfação no próprio caminho, mesmo quando parece difícil ou quando falta apoio das pessoas ao redor.
Conclusão
Seguir a dieta carnívora nos dias de hoje exige força de vontade e persistência. É um desafio dizer “não” a muitos alimentos comuns e lidar com críticas de quem ainda não entende esse estilo de vida. Mas as recompensas podem ser valiosas: mais saúde, mais energia, menos fome e maior liberdade para fazer escolhas conscientes.
No fim, adotar a dieta carnívora vai além da alimentação: é um exercício de autonomia, disciplina e cuidado pessoal. E para quem consegue superar os obstáculos, os benefícios vão muito além do prato.
