Um estudo investigou os efeitos do extrato de chá verde (ECV) como antioxidante alimentar em marcadores de estresse oxidativo após uma dieta sem flavonoides. Realizado com 16 voluntários (8 fumantes e 8 não fumantes), o experimento foi estruturado como um estudo cruzado duplo-cego, no qual os participantes consumiram carne com ECV por 3 semanas, intercaladas com períodos de dieta controlada sem flavonoides.
Os pesquisadores observaram que a ingestão de ECV aumentou a capacidade antioxidante do plasma, especialmente em fumantes, mas não teve efeito significativo em amostras de sangue em jejum. Os níveis de oxidação de proteínas e lipídios no plasma, assim como outros marcadores de estresse oxidativo, permaneceram inalterados. A excreção urinária de catequinas do ECV apresentou uma meia-vida inferior a 2 horas, indicando que os efeitos antioxidantes do extrato são de curto prazo.
Curiosamente, o estudo revelou que a exclusão de frutas e vegetais da dieta por 10 semanas resultou em uma diminuição do dano oxidativo ao DNA e às proteínas sanguíneas. Apesar das evidências epidemiológicas que sugerem que alimentos ricos em flavonoides podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares e câncer, os resultados deste estudo indicam que o ECV não apresenta efeitos duradouros no estresse oxidativo quando consumido em uma dieta restrita.
Em resumo, embora o extrato de chá verde tenha mostrado um aumento temporário na capacidade antioxidante do plasma, não houve evidências suficientes para afirmar que ele reduz marcadores de estresse oxidativo a longo prazo em humanos. Mais surpreendente, os resultados sugerem que não consumir frutas e vegetais foi mais benéfico para os participantes do que incluí-los na dieta. Esse achado desafia a visão convencional de que os vegetais são sempre benéficos e destaca a necessidade de explorar esse tema com mais profundidade.
Fonte: https://bit.ly/2sxmssL