Pare de supervalorizar e extrapolar a famosa frase "gordura queima na chama do carboidrato"
Essa frase é uma metáfora comum para explicar como os carboidratos podem auxiliar na queima de gordura, mas este artigo destaca que essa ideia está supervalorizada e simplifica demais o processo metabólico. Para entender isso, precisamos falar de como o corpo usa energia.
O corpo obtém energia de carboidratos, gorduras e proteínas. No caso das gorduras, elas precisam passar por um processo chamado oxidação, onde são quebradas em moléculas menores para produzir energia. Parte desse processo ocorre no ciclo de Krebs, que é como uma usina no corpo. Os carboidratos ajudam nesse ciclo porque fornecem intermediários essenciais, como o oxaloacetato, que facilita a entrada das gorduras na usina energética.
Mas aqui está o ponto: embora os carboidratos possam ajudar, eles não são obrigatórios. Em dietas com pouco carboidrato, como a carnívora ou cetogênica, o corpo adapta-se para queimar gordura diretamente como fonte principal de energia. Nesse caso, ele produz compostos chamados corpos cetônicos, que substituem os carboidratos e também alimentam o ciclo de Krebs. Isso mostra que o corpo é flexível e pode usar diferentes estratégias dependendo da disponibilidade de nutrientes.
O estudo ressalta que, embora os carboidratos possam ser úteis para queimar gordura, sua ausência não impede a oxidação de gordura. Além disso, ele aponta que dietas com baixo carboidrato podem reduzir a gordura no fígado e melhorar a sensibilidade à insulina, mostrando que o corpo pode funcionar de forma eficiente sem depender exclusivamente de carboidratos.
Em resumo, a queima de gordura não depende dos carboidratos. O corpo tem mecanismos adaptativos para gerar energia a partir das gorduras mesmo em sua ausência, o que é uma parte essencial da flexibilidade metabólica humana.
Fonte: https://bit.ly/4gmBWSR
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