Explorando o metabolismo da frutose como uma abordagem terapêutica potencial para o câncer de pâncreas


O artigo analisa o papel do metabolismo da frutose no desenvolvimento do câncer de pâncreas e como sua inibição pode ser explorada como uma abordagem terapêutica. Estudos anteriores já sugeriam que a ingestão excessiva de frutose, presente em alimentos processados, está associada ao crescimento de tumores. Este estudo confirma que células pancreáticas cancerígenas utilizam a frutose como fonte de energia, intensificando processos metabólicos que favorecem a proliferação celular e a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos).

Foi identificado que essas células metabolizam frutose de duas maneiras principais: absorvendo-a diretamente por meio do transportador GLUT5 e convertendo glicose em frutose via a via do poliol, mediada pela enzima AKR1B1. O estudo revelou que ambas as vias aumentam a glicólise e a produção de metabólitos essenciais para o crescimento tumoral.

Para combater esse processo, os pesquisadores testaram o composto 2,5-AM, um análogo da frutose, que mostrou reduzir significativamente a proliferação e invasão das células cancerígenas. Além disso, a combinação de 2,5-AM com agentes antiangiogênicos, como o Furoquintinib, teve um efeito sinérgico, inibindo ainda mais o crescimento tumoral em modelos de camundongos.

Os resultados sugerem que o bloqueio do metabolismo da frutose pode não apenas retardar a progressão do câncer pancreático, mas também melhorar a eficácia de outras terapias. Esses achados abrem caminho para novas estratégias terapêuticas focadas no controle metabólico como forma de tratar essa doença altamente letal.

Fonte: https://go.nature.com/3VL72vr

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