O maior consumo de carne de órgãos animais está associado a uma menor prevalência de esteato-hepatite não alcoólica

Antecedentes: A carne de órgãos animais (vísceras) é um alimento com alta densidade de nutrientes popular em diferentes partes do mundo, mas sua relação com a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) não é clara. Nosso objetivo foi examinar se o consumo diário de carne de órgãos animais está associado à presença de EHNA em indivíduos com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).

Métodos: Foram incluídos 136 adultos chineses com DHGNA comprovada por biópsia. EHNA definitiva foi definida como pontuação de atividade de DHGNA ≥4 e pelo menos um ponto para esteatose, balonismo e inflamação lobular. O consumo diário de carne de órgãos animais foi estimado usando um questionário de frequência alimentar validado e autoadministrado. A análise de regressão logística foi realizada para avaliar a associação entre o consumo de carne de órgãos animais e a gravidade da doença hepática.

Resultados: Os 136 participantes (80,9% homens) do estudo tinham média ± desvio padrão (DP) de idade de 39,0±12,5 anos e índice de massa corporal de 27,4±3,6 kg/m 2 . A prevalência de EHNA definitiva foi de 65,4%. O consumo médio diário de carne de órgãos foi de 1,30 g/1.000 kcal. O consumo de carne de órgãos animais foi inversamente associado à presença de EHNA mesmo após ajuste de dados demográficos, variáveis ​​de estilo de vida, fatores metabólicos e dietéticos, bem como estágio de fibrose hepática; As razões de probabilidade ajustadas (intervalos de confiança de 95%) para EHNA foram 0,15 (0,03, 0,69) para o tercil mais alto e 0,18 (0,05, 0,70) para o tercil médio, em comparação com o tercil mais baixo (de referência) de consumo de carne de órgãos animais (P valor para tendência =0,024).

Conclusões: Os resultados sugerem pela primeira vez que o maior consumo de carne de órgãos animais está associado a uma menor prevalência de EHNA em indivíduos chineses com DHGNA comprovada por biópsia.

Fonte: https://bit.ly/40mYeNi