O vegetarianismo, o gênero feminino e o aumento da idade, mas não o genótipo CNDP1, estão associados a níveis reduzidos de carnosina muscular.

A carnosina é encontrada em altas concentrações nos músculos esqueléticos, onde está envolvida em várias funções fisiológicas. O conteúdo de carnosina muscular medido em uma população pode variar por um fator 4.

O objetivo deste estudo foi caracterizar ainda mais os determinantes sugeridos do conteúdo de carnosina muscular (dieta, sexo e idade) e identificar novos determinantes (atividade da carnosinase plasmática e testosterona).

Investigaram um grupo de 149 indivíduos saudáveis, que consistia em 94 homens (12 vegetarianos) e 55 mulheres. A carnosina muscular foi quantificada em M. soleus, gastrocnemius e tibialis anterior usando espectroscopia de prótons por ressonância magnética e amostras de sangue foram coletadas para determinar o genótipo CNDP1, a atividade da carnosinase plasmática e as concentrações de testosterona.

Em comparação com as mulheres, os homens têm concentrações 36, 28 e 82% mais altas de carnosina no músculo M. soleus, gastrocnêmio e tibial anterior, respectivamente, enquanto as concentrações de testosterona circulante não estão relacionadas aos níveis de carnosina muscular em homens saudáveis.

O conteúdo de carnosina do M. soleus está negativamente relacionado à idade dos sujeitos. Os vegetarianos têm um conteúdo de carnosina inferior de 26% no gastrocnêmio em comparação com os onívoros. Em contraste, não há diferença no conteúdo de carnosina muscular entre onívoros com ingestão alta ou baixa de β-alanina. Os níveis de carnosina muscular não estão relacionados ao polimorfismo do gene CNDP1 ou à atividade enzimática da carnosinase plasmática.

Em conclusão, nem o genótipo CNDP1 nem a variação normal nos níveis de testosterona circulante afetam o conteúdo de carnosina muscular, enquanto o vegetarianismo, o sexo feminino e o aumento da idade são os fatores associados com a redução dos estoques de carnosina muscular.

Fonte: https://bit.ly/3ddZCee